A Rosa Abandonada do Pequeno príncipe

Ele a tampou com vidro porque a quis proteger. E a rosa, se sentindo confortável, tornou isso como forma de amor. Ela foi coberta por um véu transparente e se sentiu segura.

E depois que ele se foi, ficou protegida do mal e também solitária. Ele sempre a amou, mas partiu para se aventurar e a deixou. Ela esperançou sua volta, e o Pequeno Príncipe procurou preencher um vazio com um amor perfeito com a raposa que encontrou.

A rosa o esperou, se isolou e o amou. Não esperava uma raposa. A invejou, pois a mesma podia acompanhar seu Principe, enquanto ela, cheia de espinhos, estava presa sob o chão, se tornou tão amarga e fraca.

Ela preferiu ficar dentro do vidro. Mesmo destruída. E pelo resto da eternidade culpou a raposa pela perda de sua proteção. O vidro não permitiu que ela enxergasse a realidade: o Pequeno Príncipe em nenhum momento se colocou no lugar dela, para entender que ela deixou um jardim para florir somente pra ele.

E ela precisou florescer

Agora, ao partires, a rosa precisa aprender e fortalecer-se. Crescendo, conseguirá tirar, com a sua mais linda flor, esse vidro que a cerca, e entenderá que as raposas não veem para tirar de si seu Pequeno Príncipe, mas para lhe abrir os olhos daquilo que não a fazia bem.

Ela poderá aprender a ser flor no jardim, e perceber que não precisa de proteção. Ela é como as outras flores, seus espinhos não a tornam diferentes ou única, mas sim, tão linda como as outras.

E a raposa? Ainda tenta sua amizade. Porque para ela, é uma linda flor que merece liberdade. Enquanto que para a rosa ela foi sua inimiga, para a raposa ela sempre quis sua beleza. Ela não quer ser a rosa, mas quer ser tão linda quanto ela e estar ao seu lado, a fazer sentir bem, porque ela sabe que no jardim será tão mais bela como só, coberta em um vidro.

Uma rosa no jardim, uma nova esperança

Ah, florescer em um jardim… Você tem um mundo de flores ao seu redor que te cuidarão sem a necessidade de colocar vidros, te protegerão da forma mais única de ser, ali, florescendo entre elas, junto a elas.

Mas essa rosa cresceu sozinha, outras flores podem lhe parecer mais perfeitas do que ela. Portanto, cabe a ela não se deixar levar pela insegurança e colocar a barreira novamente. O vidro só a afastará e a diminuirá!

E se permitir que a raposa seja sua amiga, ela a protegerá sem vidro, e não há porque armar espinhos.

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