Já tentei tantas vezes falar sobre Maid, minisérie da Netflix, e tantas vezes desisti. Um assunto delicado, mas sentia que precisava compartilhar sobre.
Como mãe, logo me interessei e maratonei em dois dias. Não vivo nem de perto a realidade da Alex, atriz principal, porém me colocando em seu lugar eu teria tomado outras escolhas.
A cada escolha, um caminho diferente
Foi então que percebi a grande sacada: estamos na vida real!
É fácil olhar para a vida do outro e pensar o que teríamos feito de diferente. Mas quando a realidade bate à nossa porta, erramos e erramos. Tomamos escolhas baseadas na pressão e sentimento.
Alguns se arrependem, outros sofrem as consequências. Há quem pare de viver, entrando em depressão e se lamentando da decisão tomada no passado. Mas a personagem não se entregou. Ela agiu com defesa e ação o tempo todo, ela não parou para pensar nos próximos passos.

As decisões da Alex
No princípio da série, Alex não tinha objetivos. Apenas seguiu seu instinto. Enquanto lutava para enfrentar suas dificuldades, ela também lidou com memórias e traumas não superados do passado, que a assombravam e refletiam em sua filha (é incrível como esse loop representa bem as gerações kármicas!).
O mundo parecia estar contra ela, mas o desenrolar da história a leva lentamente para um sonho adormecido. Ela não desistiu quando se sentiu confortável.
Ela simplesmente poderia ter aceitado morar como faxineira, ter se relacionado com o amigo, ocultado seu medo do pai e ter morado com ele e sua nova família, ter ficado no abrigo que a acolheu, ter aceitado o relacionamento agressivo como parte de sua vida…
Ela foi fiel a ela e ao que realmente acredita, e na cena final entendemos como tudo se fez necessário para ela chegar até onde ela queria.
Como Maid nos representa?
Nós somos a Alex na vida real. Quantas vezes agimos por impulso e determinação, mas desistimos nos primeiros obstáculos? Quantas oportunidades perdemos por medo e ficamos no problema, por ser mais confortável? É dolorido, é desafiador sim, e Maid veio para te mostrar que vale a pena continuar!
E você?
Onde você se encaixa?
Vamos ficar, parar ou continuar?