Autismo: uma Nova visão pela Psicoterapia

Esse é um post mais delicado: vamos falar de terapia de vidas passadas! E se você não acredita, está tudo bem, te convido a conhecer as outras sessões deste blog, combinado?

Em uma das sessões de psicoterapia, uma família nos procurou ajuda. A Tatiana (nome fictício para preservar a identidade) queria muito ajudar sua mãe, já idosa, a superar as dores da fibromialgia.

Depois de três sessões de acesso a vidas passadas, ela relatou melhoras nas dores crônicas da mãe.

Apesar da técnica não resolver definitivamente, Tatiana entendeu a origem de muitas delas, e por consequência as situações vividas pela sua mãe, repetindo os mesmos padrões que vivenciara em vidas passadas.

A busca por respostas

Tempo depois, ela procurou-nos para tentar entender o seu filho, ainda criança, e autista. Seu objetivo era claro: por que ele precisou vir autista? O que ela fez para que ele viesse dessa forma? Daria pra amenizar os sintomas? A autoculpa a estava matando por dentro…

Na primeira sessão, ele se apresentou um gênio da ciência, que dedicou sua vida toda a melhorar a vida da sociedade, com pequenas e grandes invenções. Não se casara, viveu e deixou a sua vida no laboratório da universidade, que o acolheu como seu lar em troca de suas mágicas descobertas.

Nesta vida, pouco foi compreendido. Foi envenado por seus colegas pela inveja. Também pouco falava, seu foco estava em satisfazer a humanidade com pequenas coisas que facilitariam tudo.

Ao final, seus mentores (também chamados de anjos que nos cuidam do céu) passaram uma mensagem muito clara e objetiva: ele é autista por merecimento.

Para o plano astral, não há regras!

Sim, ele dedicou a sua vida para o mundo. Agora é a vez de ele ter um pequeno mundo ao seu dispor, afinal, sua vida atual veio como uma forma de descansar a mente brilhante que tivera, e o merecimento fora ser autista para se desligar e curtir um pouco a família que não tivera.

Em outras situações, ainda na psicoterapia, poderíamos avaliar essa transição de vidas como uma consequência de suas escolhas. Afinal, ele continuou nesta vida no silêncio, sem amizades. Mas não funciona dessa forma.

Semanas depois, Tatiana estava inquieta, não aceitava o fato de que seu filho é autista por merecimento. Tudo não passava de um engano e queria mais respostas. E partimos pra mais uma sessão, buscando entender se existia mais uma vida entrelaçada a atual.

Uma situação desafiadora

Aqui é que a mágica acontece. Não houve acesso a vidas passadas. Mas sua mente atual se conectara conosco. Foi diferente, foi revelador.

Neste acesso, ele nos passou tudo que seu pensamento poderia nos informar. E a mensagem era direta: eu sou o que sou porque sim. Em 3 folhas (frente e verso), o filho descreveu sua frustração: por que era tão difícil aceitar como ele é?

Ele relatou que seus pais vivem em uma sociedade da perfeição, com filhos normais, se importando com a imagem perfeita do conceito família, do medo da verdade e do que os outros pensam sobre si. Também demonstrou aflição em tentar mostrar que ele estava ali como filho, e que o fato de ser autista não mudaria nada. Ele tentou explicar que o normal nem sempre é o essencial para ser feliz.

Entre palavras mais agressivas, onde questionava se os seus pais realmente o amavam, o menino desabafou, o que não poderia fazer na situação atual em que está.

A mãe encerrou todos os atendimentos após essa última sessão.

Autismo pode ser merecimento?

Não tenho conceito suficiente para confirmar se o autismo seja um merecimento, de fato, para todos. Para este menino sim, e o plano astral fez questão de deixar isso claro.

Porém, o que me fez escrever esse post, é a forma que lidamos com os desafios dos nossos filhos. Muitas mães são incapazes de se colocar no lugar, e entender que cada processo é único.

  • Preferimos comparar com o vizinho, que se orgulha do feitio de seu filho.
  • Preferimos nos culpar de tudo que aconteceu avaliando possibilidades que já não podem mais ser recriadas.
  • Preferimos fechar os olhos ao invés de ver o problema.
  • Preferimos criar um problema do que aceitar o processo como naturalidade.

Ser mãe não consiste apenas em gerir, amamentar, criar, educar. É um estar que vai além de regras de sociedade, desafiando todo o conceito que desenvolvemos desde a gestação.

Portanto, não cabe a nós julgarmos a forma que Tatiana lidou com todas as respostas trazidas pelas sessões de terapia, mas desejo muito que esse conteúdo possa te ajudar a refletir sobre o que é o normal em um mundo que muda constantemente (ou que nada pode ser mudado)!

1 comentário
  1. […] deficiência é natural, um dom de Deus. Não deve ser julgada e a inclusão se torna mais que […]

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