Influencer corta os cabelos de seu filho de 11 meses dormindo, e os fãs criticam cobrando o consenso da criança.
Atriz veste sua filha pequena com roupas unissex, para não influenciar no gênero da menina, e causa polêmica nas redes sociais.
Restaurante proíbe entrada de crianças porque elas fazem muito barulho, e internautas cobram mais educação dos pais, apoiando o estabelecimento.
Mãe bloqueia redes sociais de sua filha de 14 anos, e seus milhares de seguidores vão a loucura.
Família é expulsa de avião, pois a menina de 2 anos se recusou a usar a máscara durante a pandemia, por mais que os seus pais tentassem convencê-la do uso obrigatório.
Série em quadrinhos lança versão de Superman hetero, e jogador de vôlei, pai de um casal de filhos pequenos, que posta sua opinião sobre o assunto é demitido.
São poucos exemplos perto de muitos casos acontecendo diariamente, onde a Internet se torna palco de julgamentos e alvo de críticas. Numa sociedade onde cada vez mais as pessoas se unem para defender o seu estilo de vida, sua cor, tentam combater o preconceito do brasileiro, a questão central não está naquilo que defendem, mas sim a forma que reagem.
Uma rede viciada em debates sem fim
Atualmente o livre arbítrio e opinião pessoal são questionados e vem se tornando cada vez mais motivos de “brigas” online, com palavras ofensivas, um defendendo sua própria opinião, e sem perceber, transformam comentários em discussões extensas e públicas.

Mas quando falamos de filhos (ou adolescentes), percebemos um grande percentual de pais e mães defendendo a cultura que, até pouco, foi a educação recebida da grande maioria da população brasileira: os pais são responsáveis pelas atitudes até atingir a maior idade.
O jogo está em deixar a sua opinião
Há quem defenda, há quem se ofenda. Há também os neutros.
Exemplos acima, que até então pouco conhecidas, se tornaram nacionalmente “famosas”. Isso porque quando a questão é livre arbítrio, o mundo a transforma em polemica.
Agora, quando o assunto envolve crianças ou adolescentes, enxergamos um turbilhão de opiniões defendendo os pais ou a criança. O mais interessante, é que grande parte dos comentários são de internautas que não possuem filhos, e opinam com “quando eu tiver meu filho, eu vou…”
A educação vem de cada família. Cada pai, cada mãe, cada adulto envolvido em sua cultura familiar decidiram o melhor caminho para educar. E ao compartilhar sua forma nesta rede gigante, na era da vida social online, se deparam com julgamentos que desestruturam sua forma de ensinar para seus filhos.
A pressão da sociedade quando o assunto é educar
Cultura familiar. Livre arbítrio. Opinião aberta. Enquanto tentamos entender para onde vamos com tantas críticas, muitos pais buscam a melhor forma de educar. Afinal, os filhos irão para a escola, terão amigos, assistirão televisão, e entrarão nas redes sociais. Eles verão o agir da sociedade, e não saberão de sua reação.
Querendo torná-los sua melhor versão, lidando com preconceitos, racismo e aceitação, sem “bagunçar” a mente da criança em formação, pais se veem mudos diante das críticas e acabam perdendo o poder sobre seus filhos, que espertos, logo dominam.
Conclusão

Geração cringe e millenium, geração X e Z, geração Nutella e Raiz, geração mimimi. Tantas gírias para rotular, mas pouca empatia para respeitar. Vivemos no século 21, viciados em tecnologia, ligados nas redes sociais.
O assunto dos lares já não são mais da vizinha que cortou a grama, mas da roupa que o filho do sobrinho por parte do primo do tio usou para ir em uma festa.
E por falar em fotos, por que ir visitar, se o parente publica no stories o dia a dia de seu sobrinho? “Nossa, mas como cresceu, na foto que você postou na semana passada, ele parecia tão novinho!”… “Ah, e aquele tbt, então? Como era pequeno!”. O WhatsApp substituiu o abraço por reações: “Como ele tá lindo! Saudades dele, diz que a dinda mandou um beijo!”
Estamos dependentes de reações, likes, comentários de emojis, seguidores, reels, stories e conversas rasas. E o mundo continua, dia após dia, todos iguais…
[…] que se apaixonam. São filhos normais. Mas com a sutil diferença de que eles já sabem como a sociedade […]
[…] lançou uma rede de apoio através da hashtag #meufilhonocurriculo, incentivando mães e pais a compartilharem seus momentos como mãe/pai e profissional, e quebrando as barreiras que impedem a contratação de pais com […]
[…] Certa noite, ao revisar o conteúdo abordado em sala de aula, minha filha de 9 anos me conta a história do sapinho surdo e as respostas que ela descreveu na sua interpretação de texto. […]
[…] ainda na psicoterapia, poderíamos avaliar essa transição de vidas como uma consequência de suas escolhas. Afinal, ele continuou nesta vida no silêncio, sem amizades. Mas não funciona dessa […]